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O futuro da economia da cultura no Brasil

Os caminhos da indústria criativa no Brasil devem ser desafiadores nos próximos anos. É por isso que, na tarde de ontem, dia 12 de dezembro, o Grupo de Trabalho de Economia do Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais realizou na Bienal de São Paulo o bate-papo “A Economia da Cultura tem Futuro”. O encontro foi conduzido por Claudio Lins de Vasconcelos, advogado especialista em direitos autorais, e Leandro Valiati, professor de economia criativa da UFRGS.

Com sala cheia e participação ativa dos convidados, a conversa durou quase duas horas e trouxe à tona temas como Lei Rouanet, a amplitude da vocação cultural do nosso país, a importância da criação de um modelo econômico próprio para a cultura que seja adaptado à realidade da América Latina, e sobretudo, a urgência de estabelecer uma narrativa com a sociedade para que se propague a contribuição da indústria criativa para a economia nacional.

Para que governos e opinião pública se deem conta disso, é importante que o setor cultural se organize ainda mais para apresentar seus dados. Entre os estudos que atestam a injeção econômica desse nicho, Valiati mencionou que em 2015 a economia criativa contribuiu com 4,2 % do PIB dos EUA, gerando 5 milhões de postos de trabalho.

“Não importa a orientação política do novo governo, você precisa se relacionar com a instituição. Fortalecer esse contato não é vergonha nenhuma, é uma característica da nossa atividade e agora vai exigir mais frieza e organização do setor. Precisamos gerar massa crítica e dispor todos os nossos números em planilhas”, sugeriu Claudio como sugestão para resiliência mesmo com a extinção do Ministério da Cultura e acrescentado a possibilidade de ampliar as parcerias com o setor privado.

Como resultado do encontro, a conclusão de que é necessário o setor cultural ganhar fluência na linguagem dos números e dos negócios para ser tornar publicamente mais relevante. Quem sabe dessa forma o Estado e a sociedade compreendam também que, sem cultura, algumas demandas fundamentais, como a Educação, acabam perdendo a sua efetividade. O valor da cultura não só é tangível, como gera valor real e tem um poder infindável para potencializar o mercado.

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